O Brasil se reunirá em mutirão nacional, no dia 30 de outubro de 2022, para decidir qual será seu destino a partir do dia 1º de janeiro de 2023. No fim deste mês, 156,4 milhões de eleitores/as vão decidir, por meio do voto direto e secreto, que País querem, pelos próximos 4 anos, com repercussão direta em muitos outros que os sucederem.
Essa escolha se dará entre dois projetos diametralmente opostos, absolutamente incompatíveis e inconciliáveis, não havendo entre eles semelhança alguma. O primeiro tem como objetivo o aprofundamento extremo do caos político, social, educacional, cultural, ético e moral, em curso desde o dia 1º de janeiro de 2019.
O governo atual, que busca sua reeleição, tem como marca maior de sua gestão não o que fez pela democracia e pela melhora das condições de vida do povo, mas, sim, o que fez, faz e pretende fazer contra eles. Suas principais realizações são: o desprezo e o deboche por quem perdeu entes queridos para a covid-19 por absoluto descaso, nada menos que 6,9 centenas de milhares de brasileiros/as; o reingresso do Brasil no mapa da fome, do qual o País saíra em 2014, registrando-se, hoje, mais de 33 milhões de famintos/as e 125 milhões sem condições de garantir o sustento diário; a substituição de livros por armas e a paz por ódio e intolerância, tratando o diferente como inimigo a ser perseguido e abatido; o patrocínio da escola “sem partido” — na verdade, de partido único —, que não admite o livre direito de aprender e ensinar nem o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas; os cotidianos atentados contra as instituições democráticas, dia e noite, com declarado propósito de trazer de volta os horrores da ditadura militar.
Governo que fez aprovar nada menos que 26 emendas constitucionais, das quais apenas a 107 (adiamento das eleições de 2020), a 108 (transformação do Fundeb em permanente) e a 124 (que cria piso salarial para enfermeiros e técnicos) não têm por objetivo a redução de direitos e garantias. Além disso, aprovou 669 leis ordinárias, não havendo dentre elas, uma sequer que não vise à redução e/ou supressão de direitos, e baixou 269 medidas provisórias, todas com iguais vis objetivos.
Governo que disse e repete que não veio para construir nada, estando aqui — e querendo continuar — para destruir; só lhe faltou dizer que seu alvo principal de destruição é o Brasil.
O segundo projeto de Brasil congrega as múltiplas forças políticas que defendem o Estado Democrático de Direito, tão odiado pelo outro projeto, com uma só finalidade, que é a reconstrução de tudo o que foi destruído no campo das liberdades democráticas, da educação, da saúde, do trabalho, da previdência social, da alimentação, da moradia, impiedosamente dilacerados pelo governo atual.
Em síntese, pode-se dizer que a escolha do dia 30 de outubro corrente será entre um Brasil que marcha velozmente para as trevas e o abismo e o que aponta para a esperança de dias melhores, de bem-estar social e de reconciliação com a paz, com a tolerância, com o respeito à diversidade e à pluralidade. Não há meio termo nem neutralidade.
As entidades que assinam esse chamamento, fiel ao seu dever constitucional de defender os direitos e os interesses de professores/as e administrativos/as/, a quem a ordem democrática é essencial e imprescindível, indicam voto no segundo projeto, com a convicção de que a maioria absoluta dos/as eleitores/as também o façam, para que haja amanhã e não só ontem, como indica o outro projeto.
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