A coluna do jornalista Carlos Madeiro, no UOL, informou hoje desde a posse de Jair Bolsonaro como presidente, o Cadastro Único (CadÚnico) registrou um aumento de 10 milhões de brasileiros na extrema pobreza. Essa é maior marca desde a criação do sistema, em 2001.

O aumento no número de famílias na extrema pobreza dá respaldo à pesquisa da Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), que revelou que 33,1 milhões de brasileiros se encontram em situação de insegurança alimentar no país.

Os resultados da pesquisa foram contestados publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que atestaram que não há no Brasil ninguém passando fome.

Em uma entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, o presidente afirmou que não vê pessoas “pedindo pão” nas portas das padarias do Brasil. Já Guedes se limitou a dizer que os dados eram uma “mentira”.

Inflação e desemprego

O dado se soma ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publicado no dia 19 de outubro, que mostra que a inflação chegou a seu maior patamar em 28 anos.

Essa explosão da inflação, que atingiu sua maior alta para os nove primeiros meses do ano em quase três décadas (aumento de 915,08%), se soma à brutal desvalorização dos salários e, em muitos casos, à redução substancial deles. E quem mais sente esse efeito são os mais pobres, visto que a alimentação consome uma fatia maior do orçamento dessas famílias na comparação com faixas de renda mais elevadas.

Com informações do UOL

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