A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) comemora os seus 15 anos de atuação com debates, ato político e festa no Rio de Janeiro. A celebração ocorrerá nas próximas quinta (8) e sexta-feira (9). Na oportunidade, também serão discutidos temas relacionados à luta sindical na 4° reunião da Direção Nacional.
A Mesa “Os desafios do Brasil em 2023” terá como palestrante o professor-doutor Marcelo Pereira Fernandes, eleito presidente do Conselho Regional de Economia fluminense (Corecon-RJ). O evento será realizado na sede do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência no Estado do Rio (Sindsprev-RJ), na Rua Joaquim Silva, 98, Lapa. Logo depois a celebração será no Boteko do Juca e na tradicional Feira de São Cristóvão.
Comemorações
De acordo com o secretário-geral da CTB, Ronaldo Leite, haverá um conjunto de comemorações. “A CTB vai homenagear as grandes vitórias que tivemos no Rio. Entre elas, a eleição do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda e a filiação do Sindsprev, que vai sediar a reunião. No dia 8, além do ato político dos 15 anos, haverá uma festa no Boteko do Juca, junto ao projeto social chamado ‘Bambas de Saia’, na Lapa. No dia 9, teremos intervalo para o jogo do Brasil, mas à noite haverá uma nova festa na feira de São Cristóvão”, detalhou.
Movimento sindical plural
Conforme o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, os 15 anos da entidade marcam a construção de um movimento sindical plural, classista e de luta. “A CTB nasce alicerçada com a disposição de defender e lutar pela organização sindical, com o princípio da unicidade. Nós sempre buscamos dar voz à necessidade de se fortalecer o movimento sindical. Sempre com a garantia da contribuição sindical, a efetividade do direito do sindicalismo, de forma autônoma e independente, defendendo a melhor forma de sustentação material de suas entidades. O sindicalismo brasileiro, na contemporaneidade, adquiriu musculatura. Tudo o que se alcançou, no plano das vitórias da luta secular, bem como da consagração do presidente Lula, em 2002, deve-se muito a essa construção”, analisou.
Por outro lado, o movimento sindical e os trabalhadores sofreram muitas perdas nos últimos anos. “É claro que a organização social dos trabalhadores vem enfrentando um cerco imposto pelo capitalismo global. Sem sombra de dúvidas, os trabalhadores e trabalhadoras são as vítimas da crise. No entanto, eu penso que a CTB conseguiu cumprir a sua missão histórica de garantir o dinamismo necessário para que a gente pudesse emponderar o sindicalismo classista”, ressaltou o dirigente.
Novo governo Lula
Sob o mesmo ponto de vista, para Araújo, o movimento sindical voltará a se fortalecer no Brasil a partir de 2023, com o novo governo do presidente Lula. “Após o golpe do capital contra o trabalho, em 2016, agora temos uma nova perspectiva. A partir de 1º de janeiro, a CTB tem de tudo para sacudir a poeira com a classe trabalhadora e dar a volta por cima. Vamos restabelecer uma condição efetiva por um Brasil mais humano e menos desigual”, projetou.
Atualmente, a CTB conta com uma participação importante na Federação Sindical Mundial e na União Internacional dos Sindicatos. Acima de tudo, a agremiação possui mais de 1,4 mil entidades sindicais filiadas, em todos os estados e no Distrito Federal.