O Sinpro Campinas e Região, representado por seus diretores Paulo Nobre e Ricardo Escobar, participou ontem (17) do encontro “Ação Pela Democracia – Sem Anistia para os Golpistas”, organizado pela Associação de Docentes da Unicamp (ADUnicamp) e realizado no campus da universidade. O evento, que reuniu movimentos sociais, estudantes, partidos políticos e entidades como o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), a Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e Associação de Docentes da Universidade de São Paulo (ADUsp), discutiu ações coletivas em defesa da democracia no Brasil.
A iniciativa surgiu como resposta ao ataque golpista cometido por bolsonaristas contra as sedes dos três poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. O atentado deixou um rastro de destruição e evidenciou que a ameaça fascista contra as instituições democráticas deverá se acentuar nos próximos quatro anos. “É preciso termos a clareza de que a vitória de Lula e do campo progressista não foi e não será reconhecida pela extrema direita”, disse Paulo Nobre em sua intervenção.
Ele citou ainda a necessidade da união das forças democráticas do país – e elogiou a iniciativa da ADUnicamp. “No dia seguinte à tentativa de golpe, estivemos nas ruas de todo o país e demonstramos unidade e capacidade de rápida mobilização. Agora temos que continuar atentos e mobilizados para defender a democracia dos ataques que virão”, afirmou o diretor do Sinpro.
Segundo Paulo Nobre, que é professor de História, o primeiro passo para começar a debelar o avanço do golpismo é a punição exemplar dos bolsonaristas que praticaram os atos de vandalismo contra o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto. Mas não apenas. “Os financiadores e seus mandantes, bem como os militares que prevaricaram ou participaram do atentado, têm de ser identificados e punidos sem quaisquer concessões. Vamos lutar e pressionar o governo federal e a justiça brasileira para que não haja anistia dessa vez”, declarou.