Crucial para o combate eficaz e mesmo para se conseguir a cura, o autoexame periódico e a mamografia são elementos essenciais na tratativa do câncer de mama, principalmente quando descoberto em seu início. Uma das principais causas de morte no mundo, convém lembrar que “câncer” é o nome genérico dado a mais de cem doenças diferentes que podem atingir qualquer parte do corpo, tratando-se de um primeiro conjunto de células cancerígenas (que crescem sem controle) que podem espalhar a doença para outros locais do paciente (metástase); daí a dificuldade de se encontrar uma cura para tão complexo mal.

Nesse sentido, o Sinpro apoia fortemente que as escolas e espaços de aprendizagem discutam questões ligadas à saúde da mulher com seus alunos e alunas, de maneira séria e contundente, inclusive quando se fala de educação sexual, prevenções de doenças venéreas, comportamentos de risco. Lamentavelmente, tal apelo não é exagerado, uma vez que movimentos ditos “conservadores” afloraram no país bradando contra a ciência, a citada educação sexual e outros assuntos que consideram “inadequados” – segundo uma lógica reacionária que mistura ignorância orgulhosa, fundamentalismo religioso, ideário fascista e medo.

Seria inconcebível que uma sociedade que se pretende democratizar (depois dos tenebrosos anos de “governo” Bolsonaro) não apoie a discussão, principalmente com crianças e adolescentes, de tais assuntos. A prevenção correta é a chave que pode evitar transtornos, ou mesmo a morte; em relação ao câncer de mama, é preciso trazer à tona sem escrutínios deste ou daquele credo, e sob bases científicas, a complexidade do corpo humano e de alguns de seus comportamentos, sob pena de contribuir para o desconhecimento de uma doença que é a causa número um adoecimento de mulheres quando se fala de câncer no Brasil. Toda omissão, distorção ou falsidade que exista sobre esse assunto e seja propagada em sala de aula/espaços de aprendizagem pode ser considerada criminosa, pois que atenta contra a saúde pública.

É assim que o Sinpro chama ao combate sem tréguas nem recuos contra a desinformação, as “fake news”, as omissões e as meias verdades sobre o assunto saúde da mulher na Educação em geral, colocando-se radicalmente contra ideários ditos “conservadores” que, em verdade, só pretendem conservar a ignorância e as ideologias que cercam o pequeno mundo que criaram como o único possível em suas discutíveis visões da vida e das coisas.

Outubro Rosa com informação, discussão e abertura para o pensamento na Educação, pela vida!

Alexsandro Sgobin é professor e diretor do Sinpro Campinas e Região

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