O Censo Escolar 2023 revela que 75% das 7,7 mil escolas sem acesso à água potável no país estão localizadas em áreas rurais. São 1033 unidades nas comunidades indígenas, 791 em assentamentos, 321 em comunidades quilombolas e 125 em povos e comunidades tradicionais.
De acordo com o site agrolink, são problemas como os enfrentados pelo povoado quilombola Terra da Liberdade, localizado em Cametá, Pará, onde os alunos da rede municipal de ensino precisam retornar para suas casas para saciar a sede, enquanto os professores improvisam com garrafinhas doadas pela comunidade, já que as torneiras nas escolas estão secas.
Em algumas instituições, os poços existentes estão secos e sem utilidade, enquanto outras contam com água encanada, porém sem tratamento adequado.
Além de problemas na área rural, mais de 198 mil alunos enfrentam situações similares em escolas de diversos estados, incluindo Rio Grande do Sul (60 mil), Rio de Janeiro (41 mil) e São Paulo (24 mil).
O Censo Escolar também apontou que mais de 90 mil alunos estudam em escolas sem energia elétrica, sendo 93% dessas escolas localizadas em áreas rurais.
“São escolas afastadas, carentes de infraestrutura, mas também de apoio técnico tanto da direção, que muitas vezes precisa atuar com professores também, quanto das secretarias”, afirma ao O Globo o pesquisador Rodrigo Siqueira de Oliveira, da Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
Com informações do Vermelho