Com a adesão de 214 professores do Sesi e Senai, que compõem a base do Sinpro Campinas e Região, foi aprovada, em assembleia no último dia 10 de abril, a contraproposta do sindicato patronal para as reivindicações da categoria.
A aceitação da maioria pela contraproposta, porém, não significou retrocessos, uma vez que pontos importantes da pauta haviam sido negociados – e acordados – previamente com as instituições de ensino.
Dentre outros avanços, foi aprovado o reajuste salarial de 4,11% (baseado no INPC, acumulado de 3,86% e mais 0,25% de ganho real); o abono de 6% (com teto de R$ 400,00 para salários a partir de R$ 6.650,00); um pequeno aumento nos valores do Vale-Alimentação e Vale-Refeição; licença paternidade de 10 dias (a contar da data de nascimento do filho) etc.
Quanto ao Plano de Saúde, houve importante conquista: agora, professoras e professores poderão incluir seus companheiros como dependentes, reconhecendo inclusive as uniões homoafetivas. Também estarão cobertos pelo plano dependentes com mais de 21 anos que sejam portadores de algum tipo de deficiência.
Foi assegurado ainda o direito de professores da Educação Básica (1º e 2º anos do Ensino Fundamental) assistirem apenas as suas turmas, não podendo mais acumular funções. Este novo acordo irá garantir foco e dedicação exclusivos dos docentes, contribuindo para a qualidade do trabalho e a redução da sobrecarga.
A assembleia do Sinpro Campinas e Região foi liderada pela presidente Conceição Fornasari e dirigida pela vice-presidente Paola Fernanda Guidi, que integra a comissão de negociação da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp).
Segundo Fornasari, o acordo coletivo assinado estará disponível em breve, após o término oficial da negociação. “Apesar de não ser o cenário ideal, temos que comemorar os avanços conquistados e ressaltar que não houve retrocessos. Os direitos dos docentes estão garantidos”, disse.
Leia na íntegra o texto da proposta do Acordo Coletivo de Trabalho para o ano de 2024 assinado pela Fepesp: clique aqui.