311 dias depois
Por Luiz Fernando Leal Padulla*

Depois de 311 dias de massacres de israHELL contra o povo palestino, ainda encontramos pessoas defendendo o indefensável.
Depois de 311 dias que se somam aos outros 76 anos de um projeto colonialista, tem gente que insiste em achar que tudo começou apenas no revide do dia 7 de outubro de 2023.
Depois da libertação dos reféns pela resistência palestina, e os gestos de agradecimento e até testemunhas cumprimentando e agradecendo os guerrilheiros do Hamas pela proteção e cuidado que tiveram, tem gente que ainda acredita na farsa da mídia que os chama de terroristas.
Depois da farsa já desmentida dos quarenta bebês decapitados, tem gente que ainda propaga essa mentira e ignora as verdadeiras crianças palestinas decapitadas pelas bombas de israHELL.
Depois que israHELL acionou o próprio Protocolo Hanibal, matando seu próprio povo no dia 7 de outubro, tem gente que ainda acredita que o os nazisionistas se importam com os reféns.
Depois de 39.897 assassinatos registrados, fora outros milhares que seguem desaparecidos em valas cavadas pelos soldados do exército sionista e até debaixo dos escombros de Gaza, ainda tem gente acreditando que a resistência palestina é que é a vilã da história.
Depois de mais de 19.000 crianças órfãs, ainda nos deparamos com pessoas abjetas que culpam a resistência palestina e seu direito legítimo de existir.
Depois de 91.469 palestinos e palestinas feridos, muitos dos quais mutilados, ainda tem gente que defende o genocídio.
Depois de 166 jornalistas assassinados pelas bombas e tiros de armas estadunidenses disparadas por israHELL, ainda vemos a mídia ocidental prostituída aos interesses do imperialismo.
Depois que soldados do exército de israHELL postam filmagens e fotos destruindo casas por prazer, posando com brinquedos de crianças assassinadas, vilipendiando dos palestinos e cometendo atos sádicos, tem gente que ainda acha que este é o exército mais moral do mundo.
Depois de seguir promovendo o cerco sobre Gaza, impedindo a entrada de alimentos, água, remédios e ajuda humanitária, tem gente que ainda defende o uso da fome como arma de guerra.
Depois de bombardear hospitais, ambulâncias, escolas e tendas de refugiados, assim como corredores que deveria ser de segurança, tem gente que ainda fala em direito de se defender.
Depois do avanço dos colonos invasores sobre a Cisjordânia, destruindo e queimando plantações palestinas, intimidando, expulsando e assassinando civis, tem gente que ainda acredita no mito do “povo escolhido”.
Depois de mais de 9.000 prisioneiros palestinos que são espancados, torturados, estuprados e até mortos nas masmorras de israHELL, tem gente que segue não enxergando e negando os fatos.
Depois de 303 dias com o genocídio sendo transmitido em tempo real, ainda encontramos pessoas que banalizam a limpeza étnica que o regime nazisionista impõem sobre o povo palestino.
Depois da clara manifestação do que é o regime nazisionista, tem gente que ainda quer nos acusar de antissemitismo.
Depois de todos esses dias de imagens revoltantes, que nos causam indignação, temos uma certeza: aqueles que ainda assim se colocam ao lado do estado farsante, racista, colonialista e de segregação supremacista judaico-europeia, ou seguem em sua ignorância, ou são igualmente cúmplices desse derramamento de sangue que destrói qualquer resquício de humanidade que essa pessoa poderia ter. Para o primeiro caso, um pouco de estudo e informações fora da bolha resolvem. Já no segundo caso, a desonestidade reservará o lixo da história, onde seguirão juntos com sujeitos abjetos e repugnantes.

* Professor, biólogo, doutor em Etologia, mestre em Ciências e especialista em Bioecologia e Conservação. Autor do blog e da página no Youtube “Biólogo Socialista”, do podcast “PadullaCast” e do livro “Um irritante necessário”. Instagram: @BiologoSocialista

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