No Brasil, a disputa política é constante e acirrada, especialmente nos momentos eleitorais. Agora, às vésperas das eleições de outubro, a competição por espaço e poder atinge um ponto crítico. O processo eleitoral envolve uma série de debates sobre os mais variados temas, mas, neste ano, a questão climática se impõe com urgência, exacerbada pelas queimadas devastadoras que atingem diversas regiões do País.
Em um cenário no qual a política ambiental do governo ainda reflete aquela infame expressão “deixar passar a boiada”, torna-se imperativo que os setores democráticos e progressistas sejam ativos e firmes na defesa do meio ambiente. A bandeira do desenvolvimento sustentável, da preservação dos ecossistemas e da valorização da vida deve ser erguida com convicção, como resposta às forças que tentam subjugar o Brasil ao desmatamento desenfreado e à exploração irresponsável dos recursos naturais.
A Fepesp defende, assim, o descarte de candidaturas e projetos alinhados ao agronegócio predatório e à exploração ambiental sem controle. Dessa forma, é necessário apoiar candidatos comprometidos com políticas de preservação ambiental, desde as Câmaras municipais nas menores cidades até as disputas pelas maiores Prefeituras do Estado. A agenda ambiental não pode ser marginalizada, pois está no centro do futuro do País e de nosso desenvolvimento socioeconômico.
Neste sentido, também cabe ao movimento sindical intensificar a cobrança por ações imediatas dos atuais governantes, órgãos técnicos e agentes do Estado. A sociedade exige medidas eficazes contra os incêndios em florestas e plantações, assim como a rigorosa apuração das responsabilidades envolvidas nesses crimes ambientais.
Federação dos Professores do Estado de São Paulo – Fepesp
São Paulo, 16 de setembro de 2024