É com indignação que o Sinpro Campinas e Região recebe a notícia, veiculada pela CNN Brasil, de que 98% das escolas particulares irão fazer reajustes nas mensalidades em 2025. A informação consta de pesquisa realizada pela Consultoria Meira Fernandes com 70% das instituições de ensino privadas do país.

Segundo dados da pesquisa, metade das instituições indicou que as mensalidades ficarão de 8% a 10% mais caras. E mais: 15% delas aplicarão aumento entre 11% a 15% no próximo ano. Mais do que o reajuste em si, o que revolta o sindicato são as justificativas empregadas pelos donos das escolas para a tomada de decisão.

Entre os principais argumentos para “punir” os pais de alunos com o aumento das mensalidades estão o reajuste salarial dos professores e investimentos no corpo pedagógico para atender a alunos que demandam cuidados especiais – como crianças com transtornos do espectro autista ou de desenvolvimento intelectual, entre outros.

Empresários da educação alegam que a obrigatoriedade legal de as instituições atenderem de forma adequada estes alunos especiais tem “encarecido consideravelmente os custos de operação”. Além disso, dizem que os reajustes salariais têm “impactado em aumento médio de 7,65% a folha de pagamento” das escolas.

O Sinpro repudia tal afirmação, uma vez que os reajustes dos professores, conquistados pelos sindicatos, têm sido menores a cada ano. Muitas vezes, não é possível sequer repor as perdas da inflação nos acordos firmados com as instituições privadas – que, ao contrário do que pregam, continuam arrecadando muito bem e enriquecendo. Não é justo, portanto, culpar os professores pelo aumento das mensalidades. Essa é uma forma de transferir responsabilidades e jogar os pais de alunos contra a categoria.

Muito pior é culpar os alunos com necessidades especiais, como se investir em salas adaptadas e profissionais especialistas não fosse a obrigação de toda e qualquer instituição séria de ensino. Neste sentido, recomendamos aos pais de alunos que fiquem atentos à forma com que as escolas veem as necessidades de seus filhos.

O Sinpro Campinas e Região protesta contra o provável aumento de mensalidades e repudia com veemência as explicações dadas pelas escolas para justificar este golpe contra o bolso dos pais.

Campinas, 11 de outubro de 2024
Diretoria do Sinpro Campinas e Região

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