Em assembleia na tarde da última quinta-feira, 24 de abril, professoras e professores do Ensino Superior do Estado de São Paulo aprovaram, por unanimidade, a continuidade das negociações em condições pré-estabelecidas entre a comissão de negociação da FEPESP e o Semesp, além do estado de greve, que garante que os docentes entrem em paralisação a qualquer momento. A decisão foi baseada no entendimento de que, na última rodada de negociação, houve recuo dos representantes das entidades mantenedoras em relação às tentativas iniciais de redução e retirada de direitos de trabalho estabelecidos na convenção coletiva da categoria.

“Ainda há vários pontos delicados para negociação, como plano de saúde, bolsas de estudo e mudanças nas normas para carga horária de trabalho, mas insistimos, durante a negociação, para que pelo menos houvesse um recuo deles em uma parte da Convenção Coletiva. Que parte das cláusulas fossem mantidas sem discussões extras, que só enfraquecem os professores e atrasam a conclusão da negociação”, explica Celso Napolitano, presidente da Fepesp.

As cláusulas negociadas, por não serem garantidas pela CLT e sim pela Convenção Coletiva de Trabalho, tornam-se inválidas caso não sejam renovadas, o que significa um risco para a categoria de professores do ensino superior, que podem ter suas condições de trabalho e poder de compra extremamente reduzidos.

Entenda as condições estabelecidas para a negociação:

  • Comissão Intersindical Paritária, no decorrer de 2025, para discussão sobre Plano de Saúde e Piso Salarial; o Sinpro sugeriu que também fosse incluído o Marco Regulatório da EAD, ainda a ser publicado como decreto do governo.
    Cláusulas mantidas:
  • hora-atividade
  • adicional por atividades em outros municípios
  • readmissão do professor
  • garantia semestral de salários
  • redução de carga horária por diminuição do número de alunos matriculados
  • férias
  • recesso escolar
  • atestados médicos e abono de faltas
  • quadro de avisos
  • Foro Conciliatório para Solução de Conflitos Coletivo

Cláusulas em risco:

  • Bolsas de estudos
  • Homologação obrigatória pelo sindicato
  • Garantia ao professor em vias de aposentadoria
  • Controle de Jornada de Trabalho
  • Carga Horária
  • Redução de carga horária por extinção ou supressão de disciplina, classe ou turma
  • Relação nominal
  • Contribuição assistencial

A partir desta semana, o Sinpro Campinas irá visitar as universidades para falar com os professores e estudantes e distribuir material impresso com mais informações. Não deixe de acompanhar o site e as redes sociais do Sindicato para atualizações.

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