O 6º Congresso Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), realizado em Salvador (BA), encerrou-se no sábado (9) com a reeleição de Adilson Araújo à presidência e a definição de uma nova diretoria, incluindo a criação de secretarias para ampliar a atuação da entidade. O evento, que contou com a participação de diretores e da presidente do Sinpro Campinas e Região, Conceição Fornasari, aprovou resoluções políticas firmes contra o avanço da extrema direita e em defesa da soberania nacional.
Em discurso, Adilson Araújo destacou o caráter democrático da CTB: “Este é um mandato de transição, que inicia uma nova tarefa: construir uma nova composição e seguir lutando por um Brasil mais humano e menos desigual”. A presidente do Sinpro Campinas, Conceição Fornasari, avaliou o Congresso como um marco: “Foi um espaço de fortalecimento da luta classista, com debates profundos que orientarão nossa resistência contra os ataques aos trabalhadores e à democracia”.
A Resolução Política aprovada no Congresso analisou o cenário internacional e nacional, denunciando o avanço da extrema direita — como Trump, Milei e Bolsonaro — e sua ligação com o imperialismo e as big techs. O documento destacou a necessidade de isolar esses setores, defender a soberania brasileira frente ao “tarifaço” dos EUA e fortalecer alianças com o BRICS, especialmente a China. No plano interno, a CTB cobrou a redução da jornada de trabalho, taxação de grandes fortunas e a revogação das reformas neoliberais.
Já a Carta de Salvador condenou veementemente a ingerência dos EUA no Brasil, incluindo as sanções a ministros do STF e as tarifas às exportações, classificando-as como uma agressão imperialista. O texto reforçou o apoio ao governo Lula, mas cobrou mudanças na política econômica, como a redução dos juros e mais investimentos sociais. “A soberania nacional é inegociável”, afirmou o documento, defendendo uma frente ampla contra o neofascismo.
O Sinpro Campinas, representado por sua diretoria, participou ativamente da construção das resoluções, reforçando o eixo da educação na luta por direitos. “O Congresso reafirmou o papel da CTB na articulação das resistências, e nós, educadores, estamos nessa trincheira”, concluiu Fornasari. Com os novos rumos definidos, a Central se prepara para intensificar as mobilizações em defesa dos trabalhadores e da democracia.