Setembro é o mês dedicado à campanha Setembro Amarelo, voltada à prevenção ao suicídio. Este é um tema delicado, mas urgente, que exige atenção especial quando falamos da saúde emocional, especialmente de professores e estudantes. Os sinais de adoecimento mental se multiplicaram nos últimos anos, e o ambiente escolar, muitas vezes, é um dos espaços onde esses sintomas aparecem de forma mais evidente.

Entre os professores, cresce o número de casos de depressão, ansiedade e afastamentos do trabalho motivados por problemas de saúde mental. A sobrecarga de atividades, a pressão por resultados e a falta de reconhecimento impactam diretamente o bem-estar emocional dos educadores. Quando não tratados, esses fatores podem evoluir para situações mais graves, incluindo casos de suicídio.

Entre os estudantes, os sinais também são alarmantes. Sintomas como isolamento, queda no rendimento escolar, falta de interesse pelas atividades e alterações de humor são comuns e podem indicar sofrimento psíquico. A pressão por desempenho, as dificuldades familiares e as transformações próprias da juventude tornam a escola um espaço fundamental para identificar problemas e oferecer apoio.

A prevenção passa, antes de tudo, pelo acolhimento e pela escuta atenta. Reconhecer mudanças de comportamento em colegas de trabalho, familiares ou alunos pode salvar vidas. Em casa, é importante observar se há alterações de humor, insônia, irritabilidade ou falas que expressem desesperança. No ambiente escolar, tanto professores quanto gestores precisam estar atentos a sinais de cansaço extremo, desmotivação e isolamento.

Diante desses indícios, o caminho é sempre buscar ajuda profissional. Psicólogos, psiquiatras e serviços de saúde são fundamentais nesse processo. Além disso, manter redes de apoio — conversas entre colegas, rodas de escuta e espaços de acolhimento — pode ser decisivo para enfrentar momentos difíceis. O diálogo aberto, sem julgamentos, é uma das ferramentas mais poderosas de prevenção.

O Setembro Amarelo nos lembra que cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física. No caso dos professores, essa atenção precisa ser redobrada, pois são profissionais que lidam diariamente com demandas intensas e ainda carregam a responsabilidade de apoiar emocionalmente seus alunos. Prevenir o suicídio significa construir ambientes mais humanos, solidários e atentos às fragilidades de todos nós.

Se você ou alguém próximo apresenta sinais de sofrimento, procure ajuda. O CVV (Centro de Valorização da Vida) realiza apoio gratuito e sigiloso pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br. Falar é sempre o primeiro passo para transformar dor em esperança.

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