O bloqueio ilegal imposto por Israel à Faixa de Gaza ganhou novos desdobramentos nesta semana. Na quarta-feira (1º), a flotilha internacional Global Sumud Flotilla, formada por cerca de 50 embarcações que levavam alimentos, água, medicamentos e brinquedos à população palestina, foi interceptada violentamente pelas forças israelenses em águas internacionais.

Entre os mais de 500 ativistas de diferentes nacionalidades, estavam ao menos 10 brasileiros e um argentino residente no Brasil — entre eles, a vereadora campineira Mariana Conti (PSOL), o ativista Thiago Ávila e a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). A captura das embarcações foi denunciada pela Anistia Internacional como ilegal, já que não há respaldo no direito internacional para ataques a missões humanitárias pacíficas.

Até a noite de quarta-feira, 178 integrantes da flotilha haviam sido sequestrados, entre eles a ativista sueca Greta Thunberg. Transmissões ao vivo feitas antes da interrupção das comunicações mostraram os tripulantes usando coletes salva-vidas e resistindo de forma pacífica. Nas redes sociais, a flotilha denunciou que a operação israelense foi um “ataque ilegal a uma ação humanitária e não armada”.

No Brasil, familiares, amigos e movimentos sociais iniciaram vigílias, em São Paulo e em outras cidades, para exigir a liberação imediata dos ativistas e o rompimento das relações comerciais com Israel, em resposta ao genocídio em Gaza.

Unicamp rompe laços com instituição israelense

Em meio a esse cenário de escalada da violência contra a população palestina, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) anunciou, na terça-feira (30), a rescisão unilateral do convênio acadêmico com o Instituto Tecnológico Technion, de Israel.

A decisão foi tomada pelo Conselho Universitário e anunciada pelo reitor, Paulo Cesar Montagner. No documento oficial, a Unicamp afirma que “as violações aos direitos humanos e à dignidade da população palestina se transformaram em uma constante inaceitável”.

O rompimento reafirma o posicionamento contrário da instituição ao genocídio promovido por Israel e segue uma onda internacional de pressão sobre universidades que mantêm cooperação com entidades israelenses. No Brasil, a Universidade Federal do Ceará (UFC) já havia tomado decisão semelhante em 2024, e outras universidades — como UFF, UFMG, UFRN e USP — têm sido pressionadas por seus estudantes a seguir o mesmo caminho.

No cenário internacional, universidades como Columbia (EUA), Católica do Chile, Pisa (Itália), Trinity College Dublin (Irlanda) e diversas instituições na Holanda, Noruega, Bélgica, Espanha e África do Sul também romperam relações acadêmicas diante do massacre em Gaza.

Solidariedade internacional e resistência

O Sinpro Campinas e Região manifesta solidariedade aos brasileiros sequestrados e a todo o povo palestino, vítimas de um cerco desumano. O Sindicato reafirma sua defesa do direito internacional, do fim imediato do bloqueio a Gaza e da necessidade de ampliar a pressão institucional, acadêmica e popular contra o regime de apartheid e genocídio promovido por Israel.

Foto: Tan Safi

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