Clara Charf, histórica militante política e viúva de Carlos Marighella, faleceu nesta segunda-feira (3), aos 100 anos, em São Paulo (SP). Desde a juventude, dedicou sua vida à luta por justiça social e à defesa da democracia no Brasil.

Aos 21 anos, ingressou no Partido Comunista Brasileiro (PCB) e, posteriormente, integrou organizações de resistência, como a Ação Libertadora Nacional (ALN), que atuava contra a repressão durante a ditadura militar.

Após o assassinato do companheiro, em 1969, Clara viveu exilada em Cuba, retornando ao Brasil dez anos depois. De volta ao país, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) e continuou engajada na defesa dos direitos humanos e na preservação da memória das vítimas do regime militar.

Foi candidata a deputada estadual em 1982, pelo Partido dos Trabalhadores, recebeu 20 mil votos, mas não se elegeu. Mesmo nas últimas décadas, manteve-se ativa em campanhas, manifestações e encontros políticos, sendo reconhecida como uma das figuras mais importantes da esquerda brasileira.

Em 2005, Clara Charf passou a coordenar no Brasil o movimento Mulheres pela Paz ao Redor do Mundo, que nasceu na Suíça. A ideia foi promover a indicação coletiva de mil mulheres para o Prêmio Nobel da Paz daquele ano.

Nordestina e cidadã paulistana
Clara Charf, primogênita de três filhos, nasceu em 25 de julho de 1925, em Maceió (AL), após seus pais, judeus russos, deixarem a Europa em busca de refúgio. Seu pai, Gdal, trabalhava como mascate, mas, mesmo com as dificuldades, Clara teve a oportunidade de estudar inglês e aprender piano. Mais tarde, a família se mudou para o Recife, onde já existia uma comunidade judaica consolidada.

Em 13 de maio de 2019, a militante recebeu o título de cidadã paulistana da Câmara Municipal de São Paulo. Ela viveu no bairro do Bom Retiro, na capital paulista, durante a maior parte de sua vida.

Fonte: Brasil De Fato / Pio Figueiroa, da Revista CULT

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