O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SINTAEMA) está na luta contra a privatização da Sabesp desde que o governador Tarcísio de Freitas anunciou a intenção de entregar a autarquia para a iniciativa privada.
No início do mês, em audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo, o presidente do sindicato, José Faggian, citou que privatizações de empresas públicas, historicamente, não apenas pioram a qualidade do serviço prestado como retiram ou dificultam o acesso da população a direitos básicos. “Pelo mundo, onde a água foi privatizada, houve piora na qualidade de vida das pessoas, sobretudo das mais pobres, que dependem do Estado para ter acesso a água potável. Não queremos isso para o nosso povo”, disse.
A audiência, provocada pelo SINTAEMA, reuniu vereadores, representantes de entidades sociais e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Todos concordaram que a privatização da Sabesp representa um risco aos paulistas e que a decisão deveria ser coletiva. “A cada debate que participamos, fica claro para a população que ela será a maior penalizada pelo projeto do governo estadual. Privatizar a Sabesp é uma violação do nosso patrimônio. Comprometido em agradar empresários e acionistas, Tarcísio de Freitas coloca em risco a vida de várias gerações e empurra São Paulo para o mapa da insegurança hídrica”, declarou Faggian.
Ainda segundo o presidente do SINTAEMA, a realização da atividade entre parlamentares e sociedade civil é parte de uma jornada de lutas que vem sendo realizada pelo sindicato e que já conta com um amplo apoio de entidades sociais, movimento sindical e diferentes partidos políticos. “Debater é importante, pois temos a oportunidade de expor números, cenários e experiências que mostram como a privatização do saneamento foi ruim em diferentes regiões do Brasil e do mundo”, disse.
Faggian concluiu informando sobre os avanços em torno da pauta. “Estamos trabalhando duro em todas as frentes. Temos viajado pelo estado e conversado com prefeitos e vereadores, estamos com uma forte ação de luta em Brasília pela criação de uma Frente Parlamentar Mista, e em São Paulo, já temos uma Frente Parlamentar na Alesp e uma em andamento de criação na Câmara de Vereadores. Nossa palavra de ordem é: mobilização e luta permanentes até enterrar esse projeto de privatização”, finalizou.