No entanto, ele destaca que os índices já eram altos antes disso. “Desde os eventos violentos do início do ano, houve uma contaminação, e tivemos mais ocorrências de alta intensidade e gravidade”, completou.
O psiquiatra explicou que a escola “foi feita para mediar conflitos e formar cidadãos que respeitam uns aos outros, e saibam lidar com autoridades”.
Segundo ele, na volta para a escola pós-pandemia, ficou evidente como “foi muito difícil para alunos reaprenderem a ficar sentados numa sala, fazer provas, lidar com colegas, esse clima ficou tenso, com professores insatisfeitos”.
Bressan defende que “agora é hora de reforçar a necessidade de uma vertical de saúde mental” dentro das escolas – tanto públicas, quanto privadas.
“Primeiro passo é reconhecer que há um problema, e o segundo é agir, sem esperar algo acontecer, com conversas entre alunos e professores.”
Para ele, é necessário também que as escolas tenham estratégias para tomar decisões em casos de alunos, por exemplo, que passem por situação de autoagressão.
“Saber o que vai fazer cria situação de segurança para professores e alunos”, concluiu.
A pesquisa quantitativa foi realizada pela plataforma typeform para a base da Nova Escola, durante o mês de julho, com 2.752 educadores.
Com informações da CNN