O Ministério das Mulheres lançou na última quarta-feira (25), a campanha Brasil sem Misoginia, uma iniciativa ambiciosa que visa mobilizar diversos setores da sociedade no combate ao ódio, discriminação e violência contra mulheres. A cerimônia de lançamento contou com a presença marcante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e de sua secretária da Mulher Trabalhadora, Celina Arêas.
Celina Arêas, destacou a importância das discussões sobre regulamentações para garantir salários iguais para homens e mulheres. “Tivemos primeiro uma reunião com a secretária Rosane Silva para tratar do decreto que vai regulamentar as leis de salário igual para homens e mulheres, a lei 14611 e todas as centrais sindicais que estavam presentes para fazer sugestões para a regulamentação dessa lei e fazer com que ela seja cumprida. Foi marcada também uma atividade para 10 de novembro. E o lançamento do Brasil sem misoginia foi um evento excelente e cheio de vitórias”, disse Celina Arêas, secretária da Mulher trabalhadora.
Durante o evento, mais de 100 acordos de adesão à campanha foram assinados, envolvendo empresas, governos estaduais, movimentos sociais, sindicatos, times de futebol, torcidas organizadas e entidades culturais, educacionais e religiosas. A ministra Cida Gonçalves destacou que uma das principais missões é combater o feminicídio, ressaltando que a misoginia serve como combustível para todas as formas de violência contra as mulheres. Alarmantemente, em 2022, 1.400 brasileiras perderam suas vidas simplesmente por serem mulheres, conforme revelado pelo Anuário da Segurança Pública.
Violência Online: Um alvo específico da campanha
A campanha também está direcionando esforços para combater a violência online. Em parceria com gigantes da tecnologia como Google, Facebook, Meta e Youtube, serão desenvolvidas ações para combater o discurso de ódio e a exposição de mulheres nas redes sociais, incluindo a divulgação de fotos íntimas e informações falsas. Estatísticas da ONG Safernet mostram um aumento alarmante de 251% nas denúncias de discurso de ódio contra mulheres na internet em 2022, tornando essa questão uma prioridade urgente.
O lançamento da campanha “Brasil sem Misoginia” foi marcado por vitórias significativas e representa um passo fundamental na luta contra a violência de gênero. Unidos, diversos setores da sociedade agora estão comprometidos em criar um ambiente onde as mulheres possam viver sem medo, discriminação ou violência.