Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (1º), na sede do Sinpro Campinas e Região, professores e professoras do Sesi e do Senai aprovaram, por unanimidade, a pauta de reivindicações construída pela categoria e proposta pelo sindicato para a Campanha Salarial de 2024. Cerca de 200 docentes, de todas as unidades da base, marcaram presença.

Para Conceição Fornasari, presidente do Sinpro Campinas e Região, a atividade foi “um sucesso”. Ela elogiou a disposição da categoria em lutar por seus direitos e informou que as pautas aprovadas nas demais assembleias – que aconteceram simultaneamente em outros sindicatos – serão unificadas no próximo dia 6 de fevereiro. “Na sequência, a Fepesp dará início à negociação com os patrões”, disse.

As reivindicações foram divididas em categorias e apresentadas pela diretora Paola Guidi – que este mês assumirá o cargo de vice-presidente do Sinpro Campinas. “Todas as reivindicações foram construídas coletivamente por meio de demandas que vocês fizeram chegar a nós ao longo do ano passado”, explicou.

Dentre as cláusulas que a categoria considera “estabelecidas” e que não podem ser retiradas estão a estabilidade de férias, salário, recesso e plano de saúde. “São direitos assegurados cujos textos podem ser melhorados, mas jamais alterados em prejuízo dos professores. Deixamos isso claro em todas as mesas de negociação”, afirmou a diretora.

Das cláusulas novas foram discutidas, dentre outras, a paridade salarial entre professores (para evitar a discrepância de remuneração entre profissionais que exercem a mesma função) e a contratação de docentes auxiliares para trabalhar em sala de aula com crianças que necessitam de tratamento especial. “Hoje há estagiários cumprindo esse papel, mas sabemos que a educação inclusiva precisa de especialistas”, acrescentou Paola.

A discussão sobre as cláusulas econômicas girou em torno de temas centrais como: reajuste do salário conforme o INPC e aumento real de 50% da inflação; abono de 18%; aumento de hora-atividade para 20%; aumento superior ao reajuste nos vales (alimentação e refeição) e pagamento de hora-tecnológica. Vários professores e professoras fizeram uso da palavra para sugerir acréscimos ao texto final da pauta.

Por fim, a presidente Conceição Fornasari citou a importância da mobilização da categoria para que as reivindicações sejam atendidas nas futuras negociações. “Direitos não são dados de mãos beijadas. Novas assembleias serão convocadas e é fundamental a participação de todos e todas. A campanha também pode ser feita pela base nas redes sociais. E em breve teremos eleições para escolher representantes sindicais nas escolas.”, concluiu.

O Sinpro Campinas e Região irá divulgar o calendário das negociações em seus canais de comunicação assim que houver a confirmação por parte da Fepesp.

Bruno Ribeiro para o Sinpro Campinas e Região

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