Na próxima sexta-feira, 8 de março, data em que se comemora o Dia Internacional de Luta das Mulheres, movimentos sociais, partidos políticos, coletivos feministas e entidades sociais irão realizar, em Campinas, um ato em defesa da democracia e pelo fim da violência contra a mulher. A concentração está marcada para 17h, no Largo da Catedral.
Após o ato político, o roteiro do evento prevê uma caminhada pelas ruas do centro da cidade. Além das pautas citadas acima, outras reivindicações deverão fazer parte da ação, dentre elas a implementação efetiva da Lei da Igualdade Salarial, o fim da múltipla jornada de trabalho para as mulheres, a expansão de creches e de serviços públicos com ênfase na saúde feminina, a legalização do aborto e o fim do genocídio do povo palestino.
O Sinpro Campinas e Região estará presente. Para a presidente da entidade, Conceição Fornasari, a luta das mulheres por direitos é histórica, mas em períodos como o atual se faz “ainda mais importante”. Segundo ela, “não há democracia possível sem que os direitos femininos estejam assegurados. Daí a razão de nossas pautas incluírem também o combate ao fascismo – que constitui ameaça constante ao ambiente democrático e aos direitos coletivos”, disse.
8 de março
O Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, é uma celebração da luta das mulheres trabalhadoras por direitos iguais. Inicialmente, foi marcado em 19 de março, mas prevaleceu o dia 8 de março graças à onda de protestos contra a fome e a Primeira Guerra Mundial que tomaram conta da Rússia em 1917, e que foi essencial para deflagrar a Revolução Russa.
Naquele ano, um grupo de operárias saiu às ruas em protesto no dia 23 de fevereiro pelo antigo calendário russo — 8 de março no calendário gregoriano, que os soviéticos adotaram em 1918. Nesse dia, operárias protestaram contra a fome e a Primeira Guerra Mundial.
Atualmente, é comemorado internacionalmente. Proposto por Clara Zetkin em 1910, foi oficializado pela ONU em 1975. A data é utilizada pela maioria dos países do mundo hoje.
No Brasil, as mulheres têm sido vanguardas na resistência contra a extrema direita. Desde as eleições de 2018, elas têm denunciado o retrocesso de direitos.