O Ministério das Relações Exteriores (MRE) emitiu nota oficial condenando, com veemência, mais um ataque criminoso de Israel contra a Faixa de Gaza. Dessa vez, quase uma centena de pessoas abrigadas dentro de uma escola, entre elas, mulheres e crianças, morreram durante bombardeio das forças israelenses, no último sábado (10). Autoridades de saúde da cidade palestina de Gaza falam em 90 mortos.

“O governo brasileiro condena, nos mais fortes termos, novo ataque aéreo, realizado hoje, dia 10, pelo exército israelense, a infraestrutura civil abrigando deslocados na Faixa de Gaza. O bombardeio, que atingiu a escola de Al-Tabin, na cidade de Gaza, deixou dezenas de mortos e feridos, incluindo mulheres e crianças”, afirma a nota do Itamaraty.

“O Brasil expressa profunda solidariedade às famílias das vítimas, ao governo e ao povo do Estado da Palestina”, ressalta o documento.

O MRE lastimou que Israel prefira o recrudescimento do conflito no Oriente Médio. “O Brasil deplora que, em meio a esforços de negociações para acordo que assegure cessar-fogo, libertação dos reféns e acesso desimpedido ao auxílio humanitário em Gaza, o governo israelense siga adotando medidas que levam à escalada do conflito e afastam ainda mais os povos da região do alcance da paz”, condenou.

Direito Internacional
O documento da chancelaria lembrou ao governo de Israel do princípio da proporcionalidade, expresso no Direito Internacional Humanitário, para a proteção da população civil nos territórios ocupados. “O desrespeito a esse princípio tem sido recorrente nas operações militares israelenses na Faixa de Gaza nos últimos dez meses”, denunciou.

O governo brasileiro defendeu ainda a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que prevê uma trégua entre Israel e Hamas. “Nesse contexto, o Brasil conclama as partes à imediata e plena implementação do plano de cessar-fogo aprovado pela Resolução 2735 (2024) do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, conclui a publicação do Itamaraty.

O exército israelense confirmou que tinha a escola Al-Tabin como alvo, por suspeitar de que ela pudesse servir de esconderijo a militantes do grupo armado palestino. Apesar dos esforços internacionais em prol da paz na região, o governo do sionista Benjamin Netanyahu segue com os bombardeios, nesta segunda-feira (12), à cidade de Khan Younis, no sul do território árabe.

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