Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo iniciaram as articulações para ampliar as mobilizações e lutas contra o sucateamento da Educação. O desmonte foi intensificado com a chegada do novo governador bolsonarista Tarcísio Gomes de Freitas, e seu secretário, o economista Renato Feder.

Para a secretária adjunta de Finanças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Francisca Pereira da Rocha Seixas, que também é secretária de Assuntos Educacionais e Culturais do Sindicato de Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp), a prioridade é a revogação de artigos da Lei 1.374, “que são extremamente prejudiciais à categoria”.

“É uma luta grande, uma pauta enorme, principalmente as questões da remuneração por subsídio e a classificação diferente do que sempre foi. Tempo de serviço virou jornada de trabalho. A atribuição de aulas foi um caos: feita sem nenhuma transparência e trouxe muitas injustiças para todos os professores. Nós exigimos uma atribuição de aulas presencial e transparente”, alertou.

O Conselho Estadual de Representantes se reuniu nesta segunda e a Federação Nacional de Educação vai se encontrar na próxima semana com a diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) para debater os problemas.

“Vamos reunir o Conselho Nacional de Entidades para definir o calendário de lutas e discutir a recuperação da educação pública, que foi desmontada por Temer e por Bolsonaro. Vamos enfrentar o Tarcísio e o Feder para revogar a questão do ensino médio e instituir o piso nacional em São Paulo. Feder diz que já cumpre, porque paga R$ 5 mil de adicional, mas não é verdade, porque tem categorias que não aderiram à nova carreira”, explicou a professora Francisca.

Para intensificar a batalha dos educadores, no último fim de semana, os coletivos CTB-Educação e ArtSind, de Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo, oficializaram a união dos dois agrupamentos na Apeoesp regional.

“Estamos aqui em unidade contra o que sobrou do bolsonarismo, porque, embora tenha sido derrotado eleitoralmente, o fascismo continua aí, principalmente no estado de São Paulo, com Tarcísio, que é o PSDB piorado. Então, a gente vai ter muita luta para fazer. A reunião foi uma atividade muito importante, pois contou com a base da categoria: professores e representantes de escolas, que estão vivenciando toda essa precariedade que estamos vivendo”, pontuou Rodrigo Assis, coordenador da CTB-Educação de Suzano.

Na avaliação da secretária da Central, vários atos semelhantes têm acontecido em diversos municípios do estado. “É importante que as subsedes façam seus movimentos”, ressaltou Francisca.

No início do ano, em pleno período de férias, centenas de profissionais fizeram vigília em frente à sede da Secretaria de Educação do Estado, no centro da capital paulista, para dar o cartão de visitas à nova gestão e reivindicar melhorias para a classe.

Fonte: CTB

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