Aconteceu no último domingo (2) a abertura da 17ª Conferência Nacional de Saúde, que se encerra hoje (5), em Brasília. O mote do evento foi a defesa e o fortalecimento do SUS, da vida e da democracia. Mas, também foi um momento de reafirmar o apoio dos participantes e de membros do governo à continuidade de Nísia Trindade à frente do Ministério da Saúde, pasta cobiçada pelo Centrão.

De acordo com os organizadores, cerca de 6 mil participantes estiveram no ato de abertura. Ao todo, o processo de conferências, iniciado em 2021, envolveu dois milhões de pessoas. Como resultado, 4.048 foram eleitas delegadas à etapa nacional, 386 nas 99 conferências livres, para deliberar sobre 1.500 propostas e diretrizes, elaboradas em conferências municipais, estaduais e livres.

Uma das participantes da mesa de abertura foi a professora e ex-diretora do Sinpro Campinas, Jenice Pizão, representando o Sindicato e o Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP), movimento referência na luta contra o HIV/AIDS no País. “Mesmo sabendo das dificuldades que enfrentamos, tenho esperança de que avançaremos na retomada das políticas públicas que respondam a necessidade da população na saúde, educação, moradia e trabalho para todos. E para nós, que vivemos com HIV/aids, precisamos fortalecer o SUS, participando da Conferência Nacional de Saúde com propostas que atendam as demandas de tratamento, prevenção e medicamentos com menos efeitos colaterais”, disse.

A etapa nacional da 17ª Conferência Nacional de Saúde termina carregada de simbolismo por acontecer após o governo de Jair Bolsonaro — que desmontou diversas políticas públicas, fragilizou o SUS e foi omisso no enfrentamento à pandemia. O resultado deverá ser contemplado no próximo ciclo de planejamento da União, servindo de subsídio para a elaboração do Plano Nacional de Saúde e Plano Plurianual de 2024-2027.

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