O 11º Congresso do Sinpro Campinas e Região – Parte II

No momento em que escrevemos essas palavras, já ocorreu o 11º Congresso do Sinpro, aprovando com sucesso os planos de luta para a próxima gestão e os próximos anos. E, se no texto anterior, colegas, quisemos ressaltar algumas das lutas do seu sindicato e a importância do Congresso no prosseguimento e consecução delas e de novas lutas que surgirão, agora desejamos chamar a atenção para a participação política da base no sindicato que as representa.

Ora, colegas, é sobre vocês, é para vocês esse chamado: se é simples dizer que não há sindicato realmente ativo sem a participação atuante da base, muito mais difícil é concretizar essa sentença no cotidiano. Primeiro, é preciso explicitar o que faz um sindicato como o Sinpro- Campinas e Região, até onde pode chegar, por que os planos de luta aprovados no 11º são tão importantes…quem somos nós, talvez seja a intenção do dizer.

Como vocês, colegas, somos todos professores e professoras, a maioria atuante, e poucos são aposentados; no Sinpro os dirigentes sindicais continuam a trabalhar em suas áreas de atuação, o que significa uma carga imensa de afazeres, mas também um contato direto com o cotidiano docente, com a base, e a experiência in loco das dificuldades e das conquistas dentro de uma sala de aula. Também sofremos, ao menos em algum momento da carreira, assédio; adoecemos e sentimos a exaustão que é tão comum na docência, temos nossas jornadas duplas ou triplas, nossos fins-de-semana assoberbam-se de correções, preparações de aula, relatórios. Em meio a isso corre a nossa militância, que não admite senão poucas pausas.

E como opera um sindicato?

Não se restringem suas atividades aos atendimentos de docentes nos casos de demissão, homologações, auxílio jurídico, assembleias, orientações e informações; negocia-se duramente com sindicatos patronais e forças cujos interesses não são os interesses de nossa classe docente; atuamos politicamente em níveis municipais, estaduais e federais, no afã de discutir, criticar, aprovar, construir acordos, estabelecer diálogos e pontes, irmanados com Federações, Conselhos, Fóruns; há embates constantes com movimentos retrógrados e de tintas autoritárias, com legislações que atuam ou querem atuar contra os professores e professoras, contra absurdos como “escola sem partido” (mordaças!), batalhas viscerais contra toda ideologia ou programa que queira fazer retroceder  a democracia, a liberdade de pensamento e a vida digna a uma lembrança que deve ser apagada em prol de uma “moralização” muito duvidosa, e que na verdade se agarra aos lucros exorbitantes de um punhado de agentes que desejariam privatizar mesmo a nossa existência.

Estamos nas ruas e nas manifestações, colegas, nas greves, nos debates, nas escolas; nos gabinetes políticos, nas comemorações e nas marchas.

E isso, POR TODAS E TODOS: colegas, o sindicato não atende apenas seus sindicalizados nem luta só por eles. Lutamos por todo e qualquer professor da nossa base, quer o conheçamos, quer não. As vitórias do Sinpro são vitórias que beneficiam a todos os docentes de nossa base, as perdas são reveses que desejaríamos que toda a base compreendesse a fundo, para que todos aprendamos com elas e as estratégias de enfrentamento sejam cada vez mais assertivas.

Cara professora e caro professor: o Sinpro só existe por você. Sem sua participação ativa, o poder do patronato aumenta, e que ninguém assuma ingenuamente que disso sairão melhorias e ganhos!

Mestras e mestres: O SINPRO ESTÁ AQUI. Esteja conosco também!!

 

Alexsandro Sgobin é professor e diretor do Sinpro Campinas e Região

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