O Grito dos Excluídos e das Excluídas volta às ruas de todo o Brasil nesta quinta, 7 de setembro, com o lema “Você tem fome e sede de quê?”.

As manifestações do Grito dos Excluídos e Excluídas ocorrem desde 1995 e tem como objetivo questionar a vulnerabilidade das populações mais desassistidas na semana em que se comemora a independência nacional.

Nos últimos anos, sobretudo desde o golpe de 2016 e a ascensão do fascismo no país, a manifestação se tornou o principal contraponto ante o nacionalismo e patriotismo passivo.

Com a pergunta: “Você tem fome e sede de quê?”, o lema desse ano convida todas e todos à reflexão e ação em busca de alternativas para os enormes problemas que o povo enfrenta com a questão da fome e da água.

“O objetivo do Grito dos Excluídos é anunciar a esperança de um mundo melhor, de uma sociedade mais justa e fraterna. E isso será concretizado na medida em que as organizações, com aqueles que têm seus direitos negados, possam ser sujeitos de direitos. (…) Somos convidados a ecoar o grito daqueles que nem tem oportunidade na sociedade e junto com eles nos comprometemos com a vida”, explicou Dom José Valdeci Santos Mendes, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Sociotransformadora da CNBB.

De acordo com os organizadores, “o Grito mudou a cara do 7 de Setembro e da Semana da Pátria. Em todo o país, a cada ano, multiplicam-se manifestações e atividades, por meio de variadas formas de luta e linguagens: celebrações, atos, caminhadas, romarias, seminários, rodas de conversa, festivais, concursos de redação nas escolas, apresentações de música, teatro, dança, poesia, café na praça, programas de rádio, carros e bicicletas de som, lives”.

O Grito é um processo de construção coletiva que acontece durante todo o ano e culmina do dia 7 de setembro para lutar por direitos.

Os organizadores se articulam em torno do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), órgão vinculado à CNBB (Conferência dos Bispos do Brasil). A coordenação do movimento reúne a Comissão 8 da CNBB,  o Movimento  dos  Atingidos por Barragens (MAB), Cáritas Brasileira (CB), Central dos Movimentos  Populares  (CMP), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Pastoral Operária (PO), Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), Romaria  dos/as  Trabalhadores/as,  Comissão  Pastoral  da  Terra (CPT), Rede Jubileu Sul Brasil, Juventude Operária Católica  (JOC),    Pastoral    Afro    Brasileira    (PAB), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Pastoral da Mulher Rua, Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP), Pastoral da Juventude (PJ), Pastoral Carcerária (PCR), Serviço Franciscano de Assistência (SEFRAS) e continua  aberto a quem quiser comprometer-se com o Grito.

Confira abaixo os locais e horários da manifestação em São Paulo:

São Paulo – 7/9 – 9h00 – Praça Oswaldo Cruz/Paulista; Caminhada até Ibirapuera – contra o genocídio do povo negro, indígenas e quilombolas, contra a privatização da Sabesp, em defesa do SUS, pelo fim da violência contra as mulheres, pela prisão de Bolsonaro.

São Paulo – 7/9 – 8h00 – Café com as irmãs e irmãos em situação de rua, 9h30 – Praça da Sé – Ato público. Haverá coleta de roupas, sapatos e alimentos no local. [09:40, 04/09/2023] Ari Lili: 8h café da manhã

Aparecida – 7/9 – 06h00 – Concentração dos romeiros/as e manifestantes do Grito na Praça Nossa Senhora Aparecida, em frente à Basílica Histórica, onde haverá mística; 07h30 – Início da caminhada até o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Percurso: Monte Carmelo, Travessa Cônego Henrique, Rua Oliveira Braga, Rua Maestro B. Barreto, Av. Getúlio Vargas, atravessando a rodovia de ligação BR 488; 08h20 – Chegada ao Santuário / Celebração do Grito; 09h00 – Missa celebrada por Dom Reginaldo Andrietta e transmitida ao vivo pela TV Aparecida.

Barretos – 7/9 – 17h00 – Catedral.

Campinas e região – 7/9 – 9h00 – Concentração Praça Largo do Pará

Guarulhos (Diocese) – 2/9 – 9h00 – concentração em frente à prefeitura/ Fome e sede em relação à saúde; Caminhada até o Hospital Municipal para um abraço.

Jaboticabal – 2/9 – no Horto florestal Guarani, com a participação da pastoral dos migrantes da diocese de Jaboticabal

Louveira – 7/9 – 9h – Celebração do Grito na Paroquia N. Sra. Mae dos Homens, presidida por Dom Arnaldo Carvalheiro Netos (reúne a Diocese de Jundiaí)

Mauá – Romaria a Pé – 01/9 – Saída da Paróquia São João Batista de 24 caminhantes e mais quaro pessoas de apoio. Chegada em Aparecida/SP – 5/9 – entre 11 e 12 horas.

Mogi das Cruzes/Região Alto Tietê/SP – 7/9 – 8h30 (falas); 9h00 – Missa; Café; Caminhada até Praça Cívica; Ato Público contra micropolítica do governo estadual, contra pedágio na Mogi-Dutra, contra privatização da Sabesp e outras.

Santos/Baixada Santista – 7/9 – 9h00 – Concentração Paróquia Sagrada Família, Praça Bruno Barbosa, Castelo; 9h30 – Ato Inter-religioso, na proposta da Cultura e Paz; 10h00 – Abertura das falas quatro grupos; 10h15 – Reflexão Mães de Maio; 10h30 – Abertura para falas 4 grupos, coletivo ou movimento; 10h45 – Rodas de Conversa: Violências – Claudia Bernardo, Salete Santos, Yvie Favero, mães de maio, Juros Altos – Eliza Riesco, Célia Amado, Trabalho, emprego e renda – Carlos Riesco, Eneida Koury; 11h30 – Abertura para falas 4 grupos, coletivo ou movimento; 11h45 – Caminhada – proposta de 3 paradas com fala de dois representantes daqueles que participaram das rodas de conversa; 12h15 – Encerramento; Gesto Concreto: Alimentos não perecíveis.

São Bernardo do Campo – 7/9 – 8h00 – Missa Igreja Matriz de São Bernardo do Campo; 9h00 – Café e esquenta; Caminhada até à sede do Projeto Meninos e Meninas de Rua, Rua Jurubatuba, com atividades culturais e lanche.Atividade reúne a região do ABCDMRR.

São Sebastião – 7/9 – 9h30 às 18h30, Clube Portal da Olaria, Rua da juventude, 35, com Mesas de debates; Feira Agroecológica; Ato público e apresentação musical, é organizado pelo Coletivo Caiçara (reúne as cidades do litoral norte – São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba)

São José dos Campos – 7/9 – 8h00 – Em frente Matriz São José, no centro. Sede de derrubar a Lei 651 que permite que o prefeito junto com a polícia derrubarem casas sem liminar.

Com informações do Vermelho

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