O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) celebrou nesta segunda-feira mais um aniversário. Completou 40 anos e inicia mais um ciclo de resistência e conquistas na luta pela Reforma Agrária Popular e pela garantia de uma vida digna aos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.

Esta é uma trajetória com raízes profundas em nossa história, herdeira da luta ancestral dos povos originários, camponeses e quilombolas. Teve origem, enquanto movimento social, no 1º Encontro Nacional do MST, realizado em 1984, em Cascavel, no Paraná.

Ao longo dos anos, o Movimento deu exemplos memoráveis de solidariedade ao povo brasileiro, destinando toneladas de alimentos às vítimas de enchentes e desastres naturais, e de coerência na prática de uma agricultura sustentável e de qualidade, livre de agrotóxicos e à margem da lógica capitalista predatória que orienta o chamado agronegócio.

A determinação de luta pela democratização da propriedade da terra no Brasil despertou, do outro lado, o ódio de classes dos grandes capitalistas e latifundiários do campo, ódio traduzido recentemente na chamada CPI do MST, constituída por iniciativa de parlamentares bolsonaristas, ligados aos ruralistas, com o propósito de criminalizar a luta pela reforma agrária, que serviu de palco político para a extrema direita mas no final deu em nada.

Temos pela frente um longo caminho a percorrer ao lado do MST e das forças progressistas do nosso país, repleto de histórias a serem construídas lado a lado em busca da transformação social. Queremos parabenizar o Movimento dos Sem Terra e celebrar este aniversário com todos aqueles e aquelas que levantam a histórica e heroica bandeira da Reforma Agrária e batalham diuturnamente contra as mazelas do capitalismo.

São Paulo, 22 de janeiro de 2024

Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) 

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