Campanha salarial 2024: Sinpro Campinas e Região inicia negociações com o setor patronal

As negociações da campanha salarial de 2024 estão a pleno vapor. Iniciadas em fevereiro, as reuniões do sindicato com a classe patronal têm datas agendadas até o início abril, mas, segundo Conceição Fornasari, presidente do Sinpro Campinas e Região, não há prazo para o encerramento do diálogo: “Tudo vai depender do avanço das negociações. Temos um caminho duro pela frente, mas estamos otimistas”, disse.

As reuniões estão ocorrendo semanalmente. O objetivo é chegar a um consenso com os representantes das instituições de ensino para que as pautas dos professores, já aprovadas em assembleia, sejam colocadas em prática ainda este ano.

Cada segmento da categoria está representado por um dirigente do Sinpro. Conceição Fornasari e Lorival Fante Júnior respondem pela negociação das pautas dos professores vinculados às escolas conveniadas à Prefeitura Municipal de Campinas. A primeira rodada será nesta quinta-feira (14).

O mesmo Lorival, diretor jurídico do sindicato, trata das negociações referentes à Educação Superior, sempre às segundas-feiras. Às terças acontecem duas reuniões: de manhã, a vice-presidente Paola Fernanda Guidi negocia as reivindicações dos docentes do Sesi e Senai; na parte da tarde, novamente Conceição vai à mesa para tratar dos direitos da Educação Básica. Às quartas-feiras, o diretor Vítor Medina representa os professores do Senac – tanto os dos Ensino Médio quanto os da Educação Superior.

Num primeiro momento, conforme a presidente Fornasari, a prioridade nas reuniões tem sido discutir as cláusulas econômicas, mas a manutenção das cláusulas sociais também está no horizonte. “Não deixaremos nenhum ponto de fora. Todos serão negociados e tratados com a devida seriedade”, afirmou.

Confira a seguir algumas pautas que estão sendo discutidas e outras que ainda serão levadas à mesa de negociações.

Educação Básica

Reajuste salarial conforme o índice inflacionário (aumento real de 50% da inflação); reajuste da cesta básica em 20% do salário-base; abono ou PLR de 25%; hora-atividade de 10%; hora-tecnológica de 20%; aumento da licença maternidade para 180 dias e estabilidade estendida a 4 meses; licença paternidade de 20 dias; assembleia permanente e autorização para desconto de taxa assistencial para o sindicato.

Educação Superior

Reajuste salarial conforme o índice inflacionário (aumento real de 50% da inflação); cesta básica com valor de 20% do salário-base; abono ou PLR de 25%; hora-atividade de 10%; regulamentação do ensino à distância para cursos presenciais; piso salarial conforme média dos valores da região (R$ 40,00 a R$ 50,00), com a observação de que não poderá haver contratação de novos professores com salários menores do que os praticados pela IE; assembleia permanente e autorização para desconto de taxa assistencial para o sindicato.

Educação Superior – SENAC

Reajuste salarial conforme o índice inflacionário (aumento real de 50% da inflação); reajuste da cesta básica em 20% do salário-base; abono ou PLR de 25%; hora-atividade de 10%; assembleia permanente e autorização para desconto de taxa assistencial para o sindicato.

Ensino Médio – SENAC

Reajuste salarial conforme o índice inflacionário (aumento real de 50% da inflação); reajuste da cesta básica em 20% do salário-base; abono ou PLR de 25%; hora-atividade de 10%; equiparação salarial aos valores pagos aos professores de Campinas para os professores de Limeira e Piracicaba; assembleia permanente, autorização para desconto de taxa assistencial para o sindicato e aumento do número de delegados sindicais.

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