Em meio a negociações estagnadas e insatisfação com as condições de trabalho, professores do SESI-SP decidiram em assembleia, no último sábado (22), deflagrar greve a partir de 31 de março caso a instituição não atenda às reivindicações da categoria. A paralisação foi aprovada por 83% dos votos, após a rede oferecer apenas 0,33% de aumento real – valor considerado insuficiente diante da demanda por melhores salários e valorização profissional.
Há anos, docentes do SESI e SENAI denunciam a falta de diálogo da gestão, que ignora pautas estruturais apresentadas de forma coletiva e organizada. Apesar de adaptarem-se constantemente a mudanças pedagógicas e curriculares, os professores criticam a resistência da rede em avançar nas relações trabalhistas.
“Seguiremos firmes, organizados e mobilizados. Porque trabalhamos com empenho e dedicação, entregamos o melhor de nós todos os dias, e é fundamental que essa campanha salarial represente uma virada na forma como somos tratados: com valorização real, escuta ativa e respeito”, afirmou em nota a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (FEPESP), responsável pela articulação da mobilização.
Próximos Passos
– 25/03: Notificação formal ao SESI sobre a decisão da greve.
– 26/03, às 15h: Prazo final para a instituição apresentar uma contraproposta.
– 27/03, às 19h: Assembleia decisória para avaliar a resposta (ou falta dela) e confirmar ou não a paralisação.
Caso não haja avanço, a greve começará em 31 de março, com adesão em todas as unidades do estado. A categoria reforça a união e convoca todos os professores para participarem da Assembleia do dia 27 (quinta-feira), às 19 horas. Para participar on-line, os professores devem se inscrever por meio deste link: https://us02web.zoom.us/meeting/register/WQPmI_qCR5iH2Mn2BDpbGw.
A educação não pode esperar – e os professores, menos ainda. A categoria segue mobilizada, exigindo mudanças que vão além do discurso, com ações concretas de valorização.