Nesta quarta-feira (2/4), os professores da Rede SESI-SP que aderiram à greve retornaram às aulas, cumprindo a cláusula de paz proposta pela juíza Luciana Bezerra na terça-feira (1/4). O movimento grevista, porém, obteve importante conquista: o reconhecimento da greve pelo SESI e a retomada das negociações no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Como chegamos até aqui?
– Segunda-feira (31/3): Grande adesão à greve após a sua aprovação pela maioria dos professores na assembleia do dia 22/3. Unidades do SESI paralisadas total ou parcialmente em todo o estado de São Paulo.
– Terça-feira (1/4): Reunião mediada pela juíza, com o SESI reconhecendo a legitimidade da paralisação. Foi proposta e aprovada a cláusula de paz, que prevê:
– Retorno imediato às aulas;
– Manutenção do estado de greve (possibilidade de retomada da paralisação a qualquer momento);
– Continuidade das negociações.
Negociações emperram: SESI não apresenta proposta
Na reunião desta quarta (2/4), o SESI compareceu, mas não trouxe nenhuma proposta concreta, levando ao agendamento de uma nova rodada de negociações para 15/4. Diante do impasse, a juíza sugeriu uma mediação extrajudicial, com as seguintes bases:
– Não desconto dos dias parados;
– Reajuste de 4,87% + índice satisfatório de AR;
– Renovação da cláusula de paz;
– Fim de possíveis retaliações;
– Transparência nos estudos sobre planos de carreira e situações específicas (professores do 3º, 4º, 5º anos e EJA).
Próximos passos
A Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp) convocará nova assembleia para que os professores decidam coletivamente sobre a continuidade ou não da greve. A reunião acontecerá, possivelmente, no dia 16/4 (data a ser confirmada). Enquanto isso, a categoria permanece mobilizada, retomando as aulas, mas vigilante quanto ao andamento das negociações. “A luta continua. Seguiremos negociando com os patrões e comunicando a categoria sobre os próximos passos a serem tomados”, diz Conceição Fornasari, presidente do Sinpro Campinas.