Após dois dias de greve, as professoras e professores do Sesi (Estado de São Paulo) que aderiram a greve voltam às salas de aula, continuando em estado de greve: assim, a luta ainda não terminou. E importantes lições nos foram e são dadas durante esse histórico movimento reivindicatório, advindo de uma rede que a trinta anos não via uma greve eclodir em suas escolas, mostrando que, sob a bandeira das propagandas sobre excelência, trabalham e amiúde sofrem os verdadeiros construtores das excelências: os docentes.

A primeira lição concerne a sociedade e ao patronato, e é assustador que tenhamos que assumir que na verdade se trata de uma revalidação de algo que já deveria ser dado como indiscutível: a importância do professor como base de toda e qualquer instituição de ensino. Apesar das promessas tecnológicas e do superdimensionamento dos “milagres”, por exemplo, das IA’s, longe estamos de superar a criatividade, a adaptação à diferentes situações e contingências e a dinâmica de um cérebro humano, o que significa dizer, a potencialidade de uma professora, um professor bem preparados. Ora, com boa parte de seus docentes paralisados, custa-nos crer que o Sesi não sentiu em sua carne essa importância – e é bom que assim seja.

Outra lição que fica é o da importância dos sindicatos combativos, principalmente em uma época de avidez de destruição de direitos trabalhistas e sob a sombra da intolerância, perseguição e estupidez orgulhosa (e violenta) advindas da ascensão da extrema-direita. Quem postou-se a frente do movimento grevista do Sesi foi o Sinpro Campinas, que chamou à luta, articulou apoio, chamou assembleias, divulgou intensamente o movimento, levou seus diretores e diretoras às portas da Unidades Sesi esclarecendo, informando, conclamando ao apoio pais, colegas e estudantes. Clara ficou a importância de sindicatos combativos, que não se intimidam com ataques e ameaças e cuja causa é mais que justa: os direitos de seus representados, justamente uma categoria que enfrenta dificuldades as mais diversas e sérias.

Histórico o movimento grevista do Sesi, forte a atuação de professoras e professores que reivindicaram dignidade, sem recuos! E formando ao lado, estava e estará sempre o Sinpro-Campinas e Região, nisto se pode fiar.

Sempre em luta, colegas!

Alexsandro Sgobin é professor e diretor de Educação do Sinpro Campinas e Região

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