Professores do Ensino Superior aprovam greve geral após rejeição unânime da contraproposta patronal

Em assembleia realizada nesta quarta-feira (22), os professores da rede privada do Ensino Superior rejeitaram por unanimidade a contraproposta patronal e aprovaram por ampla maioria a greve geral da categoria, com início marcado para o dia 2 de junho em todo o Estado de São Paulo.

A contraproposta, considerada “humilhante” pela Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp) e seus sindicatos filiados, retira direitos adquiridos e mantém a desvalorização do poder aquisitivo dos docentes.

A presidente do Sinpro Campinas e Região, Conceição Fornasari, destacou a importância da mobilização para enfrentar os retrocessos e afirmou que a greve seguirá todos os trâmites legais antes: “Negociamos até onde foi possível, mas não podemos aceitar retirada de cláusulas sociais e desvalorização salarial”, declarou.

Na próxima segunda-feira (26), o Semesp – sindicato que representa as instituições de ensino privado – será formalmente comunicado sobre a decisão da categoria e receberá a pauta de reivindicações. “Será a nossa última tentativa de diálogo. Caso contrário, a greve será deflagrada”, alertou Fornasari.

Entre as principais demandas estão:

Reajuste salarial com reposição da inflação e aumento do poder aquisitivo;

Manutenção de todas os direitos contidos nas cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2024;

Garantia dos avanços conquistados nas últimas rodadas de negociação.

Próximos passos:

Segunda (26): Sinpro comunica oficialmente o Semesp sobre a greve e entrega a pauta;

Quarta (28): Semesp será convocado a negociar;

Quinta (29), às 15h: Assembleia Extraordinária para avaliar a resposta dos patrões e deliberar sobre o início da greve.

Todos os professores do Ensino Superior do Estado de São Paulo estão convocados a participar. A categoria precisa se manter unida para garantir seus direitos e barrar os ataques dos empregadores.